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Cinco duelos que fazem da luta Hamilton-Rosberg uma brincadeira!

Quando se empola a alegada rivalidade entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, quase nos esquecemos do que é uma… verdadeira rivalidade! Daquelas de «guerra sem quartel» em que, muitas vezes, acaba a equipa por sair prejudicada. Lutas entre colegas de equipas existem desde… que há equipas!

Várias foram as duplas que tiveram os seus momentos quentes ao longo das 66 edições do Mundial de F1 e bem piores que as quase cândidas trocas de palavras entre Hamilton e Rosberg. Quem não se recorda do mal-estar entre Alonso e Hamilton na McLaren (2007) ou entre Vettel e Webber (em 2010 e 2013)?

Mesmo essas foram arrufos quase risíveis, quando comparadas com algumas das duplas mais explosivas que já marcaram a Fórmula 1. Eis cinco dessas lutas fratricidas.

Alan Jones – Carlos Reutemann (1981)

Alan Jones foi o primeiro campeão do Mundo da Williams, em 1980, mas no ano seguinte a relação com o colega de equipa, o argentino Carlos Reutemann, azedou logo no início, no Brasil, quando este ignorou a ordem da equipa para deixar passar o australiano. A luta entre os dois foi de tal forma terrível... que perderam o título de 1981 para Piquet. Jones retirou-se e Reutemann propôs-lhe que enterrassem o machado de guerra. «Só se for nas tuas costas, estúpido!», respondeu Jones.

Gilles Villeneuve – Didier Pironi (1982)

Em Imola-82, Gilles Villeneuve liderava quando, para poupar pneus e combustível, baixou o ritmo com a garantia de que o colega de equipa, Didier Pironi, não o atacaria. Mas o francês passou-o e venceu, depois de tremenda batalha. «A partir de agora é a guerra», declarou Villeneuve que se disse traído e humilhado. Mas uma semana depois, morreria nos treinos do G.P. da Bélgica quando tentava bater o tempo de Pironi. Que acabaria também por ter grave acidente na Alemanha que o afastou para sempre da F1.

Nigel Mansell – Nelson Piquet (1986 e 87)

Em 1986, Nelson Piquet entrou na Williams anunciando que era o n.º 1, para espanto e surpresa de Nigel Mansell. Que tratou de pôr o então bicampeão em respeito com quatro vitórias consecutivas, num ano em que roubaram tantos pontos um ao outro que o título... foi para Prost. No ano seguinte o ambiente era de cortar à faca, até pelo feitio corrosivo de Piquet que enfurecia Mansell, acabando o brasileiro por conquistar o seu terceiro campeonato, apesar de só ter três vitórias contra seis do britânico...

Ayrton Senna – Alain Prost (1989)

Os mais famosos irmãos inimigos da F1! Senna entrou na McLaren em 1988 e foi logo campeão, ficando Prost descontente ao ser apertado contra o muro das boxes no Estoril. No ano seguinte, a guerra ganhou ferocidade, em especial depois de, segundo Prost, Senna ter desrespeitado um pacto de não-agressão em Imola. Em Suzuka, os dois colidiram, num dos episódios mais polémicos da F1, sagrando-se Prost campeão. No ano seguinte, com Prost na Ferrari, Senna vingar-se-ia ao garantir o título ao abalroar o francês!

Alain Prost – Nigel Mansell (1990)

Desde que Prost entrou na Ferrari que Mansell desconfiava que o francês era favorecido, suspeitando até que a Ferrari tinha dado o seu chassis ao francês, disfarçando o número para a marosca não ser descoberta. No arranque do G.P. de Portugal, Mansell apertou Prost contra o muro das boxes permitindo que Senna passasse para a frente... O britânico iria, em 1992, para a Williams (sendo campeão), mas decidiu abandonar a F1 para, em 1993, não ter de levar de novo com Prost como colega de equipa!


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Acerca do Autor

Enviado-especial do jornal «A Bola» a largas dezenas de Grandes Prémios, nunca deixou de reportar sobre o Mundial, tendo nos últimos anos alargado a sua experiência aos comentários televisivos.