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O que sabemos do motor Honda: que diferenças em 30 anos!

Ao vermos a apresentação do MP4/30-Honda da McLaren é que nos damos conta de quanto mudou o mundo – e o da F1 não é excepção – nos últimos 30 anos! Bastou recordar uma famosa história contada por Patrick Head ao jornalista britânico Maurice Hamilton sobre o início da parceria da Williams com a Honda…

O acordo Williams/Honda era para 1984 mas, para que o desenvolvimento dos motores se iniciasse o mais cedo possível em condições de corrida, Head decidiu estrear o primeiro motor turbo num Williams no último GP de 1983 (Kyalami, África do Sul).

Despachado o «design» do chassis (e vendo o FW-09 «despachado» é a palavra certa!), Head dedicou-se à integração do propulsor. O problema é que do Japão tinha chegado um motor integralmente montado, dois turbocompressores num caixote… e mais nada. Nem sistema de escapes, nem coletores de admissão, um engenheiro ou, sequer… uma linha de instruções!

Anos 80, Net não havia, e Patrick Head enviou um telex para a sede da Honda, perguntando o que deveria fazer, nomeadamente em relação à refrigeração e dissipação do calor, problema acrescido nos motores turbo. A resposta não podia ter sido mais desconcertante: «Por favor, desenvolva as soluções que lhe pareçam mais adequadas»…

Hoje, no site da McLaren/Honda, sentado em casa, qualquer fã tem mais informação na página das especificações do motor Honda RA615H do que a Williams recebeu há 30 anos! Resta saber se serão suficientes para que, neste regresso à F1, a Honda reedite o sucesso que alcançou com Williams e McLaren entre 1984 e 1992.

(História recordada e escrita por João Amaral)


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Acerca do Autor

Enviado-especial do jornal «A Bola» a largas dezenas de Grandes Prémios, nunca deixou de reportar sobre o Mundial, tendo nos últimos anos alargado a sua experiência aos comentários televisivos.