G.P. da Hungria

Desde o início dos anos 80 que a F1 tentava organizar uma corrida para lá da chamada «Cortina de Ferro», mas as negociações com Moscovo não avançavam, até que a Hungria se mostrou disposta a receber o primeiro Grande Prémio em países do Leste europeu. Para isso construiu um circuito de raiz, às portas de Budapeste, incrustado num vale o que permitiu criar um anfiteatro natural que, na primeira edição do G.P. da Hungria, em 1986 (três anos antes da queda do Muro de Berlim), recebeu 200 mil espectadores!

Mesmo depois das profundas alterações políticas, as autoridades húngaras nunca deixaram de apostar na F1 como veículo de promoção do país, comemorando este ano a 30.ª edição da sua prova do Mundial. Muito sinuoso, o Hungaroring é o mais lento dos circuitos permanentes visitados pela F1 e as ultrapassagens são extremamente difíceis, mesmo no final de recta da meta. Daí que a qualificação e as manobras estratégicas durante a corrida tenham grande influência no resultado final. Costuma receber a F1 sob intenso calor, o que transforma o G.P. da Hungria numa das corridas mais duras para os pilotos do ponto de vista físico.