Após a corrida da Austrália tinha sido Helmut Marko a dar a entender que, devido à falta de competitividade do motor da Renault, a F1 corria o risco de perder a Red Bull. Declarações «amaciadas» posteriormente… Mas agora eis que é o próprio dono da Red Bull, Dietrich Mateschitz, a falar abertamente na possibilidade de a equipa abandonar a F1 se os seus monolugares continuarem tão lentos!
«Só nos manteremos na F1 se tivermos uma equipa competitiva e para isso precisamos de ter um grupo propulsor competitivo», declarou Mateschitz, antes do G.P. da China, à Austria Press Agency. «Se não o tivermos, podemos correr com o melhor carro e os melhores pilotos que mesmo assim não teremos hipótese de lutar pela vitória».
Mas o dono da Red Bull – mais concretamente de 49%, já que os outros 51% pertencem à família do tailandês que descobriu a taurina, o elemento que confere as propriedades energéticas à bebida – vai mais longe, admitindo que até a Renault deva reavaliar a sua presença na F1! «Claro que a Renault também pode avaliar as suas opções, inclusive o abandono. Como construtor, a sua missão é entregar um motor competitivo. Se o conseguir, óptimo. Se, por qualquer razão, não conseguir, deve sair. E aí, as consequências para nós também seriam claras».
Já quanto à falada hipótese de a Red Bull construir o seu próprio motor, Dietrich Mateschitz afasta-a liminarmente: «Não somos um construtor automóvel que pudesse justificar tal investimento! Por isso temos de confiar na Renault para reduzir a desvantagem para a Ferrari e, sobretudo, para a Mercedes».