«Dar o braço a torcer» é expressão pouco conhecida na F1 e totalmente desconhecida pelas bandas da Red Bull, como se viu em todo o longo processo dos motores para 2016… E assim continua pois, apesar de ter percebido todo o sarilho que arranjou pelo que foi dizendo da Renault ao longo do ano, Christian Horner, director da equipa austríaca, vem agora dizer que não se arrepende das críticas feitas à marca francesa!
Horner consegue mesmo defender a «bondade» de algumas frases particularmente violentas, como sendo uma tentativa… de acordar Carlos Ghosn, presidente da Aliança Renault Nissan, para que este tomasse uma posição face à pouca competitividade dos motores que estava a fornecer! «O conselho de administração da Renault sempre manteve as distâncias para o que se passava internamente [em Viry-Chatillon, na Renault Sport], não é como Dieter Zetsche [presidente da Daimler, casa-mãe da Mercedes] ou de Sergio Marchionne [presidente da Ferrari] que assistiam a várias corridas por ano», explicou Horner.
«As nossas críticas eram destinadas a que as nossas mensagens chegassem ao conselho de administração da Renault, para que compreendessem que havia problemas e que deveriam ser resolvidos. Disseram-se coisas dos dois lados e nunca é bom quando se ajustam contas em público, mas tudo foi espoletado pela frustração em que vivíamos», prosseguiu Horner que concluiu: «A F1 é um ambiente muitíssimo competitivo. No que me diz respeito, apenas procurei dizer a verdade. Cada vez que me colocavam uma pergunta, apenas me limitei a responder e se virem o que disse, acho que fui sempre justo nas minhas respostas».
Mesmo se as trocas de acusações levaram a um afastamento inevitável entre as duas partes, a Red Bull a ficar numa situação super delicada em termos de motores para 2016 e, em última análise, a ter de se satisfazer com uma situação de «cliente» da Renault, algo que nunca quis…