Ao contrário da Ferrari e da Honda que irão gerir em duas fases as «fichas» de desenvolvimento de que ainda dispõem, a Renault vai pôr todas «em jogo» de uma vez, numa evolução drástica do seu V6 turbo híbrido, em busca de um aumento significativo de «performance». Ao ponto de ficar quase a par do motor Mercedes actual… antes ainda de a marca alemã o evoluir.
Foi o próprio director de operações da Renault Sport F1, Rémi Taffin, quem o revelou, ao confiar que tanto a Red Bull como a Toro Rosso disporão deste novo motor para o G.P. da Rússia (11 de Outubro) ou talvez até mais cedo, já para Singapura (20 de Setembro), antes até do Japão. Este será o resultado do trabalho dos últimos meses, aparentemente resolvidos que foram os problemas de fiabilidade, procurando usar as 12 «fichas» de desenvolvimento restantes em prol da cavalagem.
Segundo consta, os testes em banco de ensaios, efectuados num único cilindro, resultaram num aumento de potência que se situou entre os 3 e os 5%. Neste último caso, o mais optimista, a Renault reduziria a actual desvantagem para a Mercedes, estimada em 60-80 cv, para apenas 20 cv. Mas a marca alemã também vai evoluir o seu motor…
Pode parecer estranho que os construtores de motores estejam à espera de uma fase tão avançada da época para apresentarem as evoluções dos seus motores e gastarem todos os «jokers» a que têm direito para os desenvolver. Mas é natural que assim seja porque é com base no motor que terminar esta temporada que poderão evoluir o grupo propulsor a homologar para o Mundial de 2016. Ou seja, convém-lhes que o motor que termina este ano seja o mais evoluído possível.