Vistas de fora, as equipas de Fórmula 1 parecem organizações perfeitas, máquinas extremamente bem oleadas em que nada falta e em que aparece sempre a peça certa na ocasião mais inesperada porque todas as eventualidades estão previstas e nada fica esquecido… Mas, afinal, são grupos de pessoas iguais a todos nós que têm as suas falhas, por muito incríveis que às vezes nos possam parecer.
Vem isto a propósito da história contada por Christian Horner, director da Red Bull, transformado em… «contrabandista» por conta da Renault que se esqueceu de alguns de enviar para Sochi alguns componentes para o motor de Max Verstappen! Difícil de acreditar não é? Mas foi assim que Horner contou a história: «Houve algumas peças que ficaram esquecidas na fábrica da Renault Sport, em Viry-Châtillon, em França, mas as pessoas da Renault conseguiram enviar esses componentes a tempo para Inglaterra».
E depois?! É aqui que entra o «contrabandista» Horner em acção! «Depois conseguir trazê-las até Sochi, transportando-as nas minhas malas. Mas acreditem-me que, no aeroporto, não foi nada fácil explicar a situação à polícia russa!... Por fim lá acabaram por compreender», contou o director da Red Bull.
Que, apesar de ter chegado a tempo com as peças para o motor de Verstappen, acabou por ver o holandês parar na pista no segundo treino… com um problema no grupo propulsor, aparentemente de falta de pressão de combustível. Mas Horner reconhece que não espera grande coisa do G.P. da Rússia, apontando o seu optimismo para Espanha: «Se nada de anormal se passar nas qualificações, deveremos ficar com a terceira linha da grelha. Na corrida, teremos de limitar os danos, antes de recebermos as evoluções aguardadas para Barcelona».