A estreia da evolução do motor Renault no Brasil saldou-se por uma enorme desilusão, com fracas prestações do Red Bull de Daniel Ricciardo (o único que o usou), que pouco diferiram do carro do colega de equipa, Daniil Kvyat, com o motor antigo. Sucede, contudo, que, ao contrário do previsto, a evolução apresentada não era, afinal, tão grande como o esperado, segundo revelou a marca francesa…
Inicialmente a Renault anunciara que tinha usado 11 das 12 «fichas» de desenvolvimento ainda disponíveis para este ano. Verificou-se, contudo, que apenas usou sete, focadas no motor de combustão interna. As restantes quatro estavam reservadas para um novo turbocompressor, elemento crucial para o esperado aumento de potência. Contudo, devido a limitações na disponibilidade de componentes e na sua compatibilidade com o sistema de escape, não foi possível introduzi-lo no Brasil. Situação muito estranha dado que a marca anunciara que esta evolução estava pronta a estrear desde o G.P. dos Estados Unidos…
Os engenheiros da Renault não esconderam o desapontamento após a prova brasileira: «Do ponto de vista técnico, colocámos o novo motor de combustão interna no carro do Ricciardo. Em termos de fiabilidade tivemos bons resultados, o que não foi o caso dos progressos que esperávamos a nível de ‘performances’», reconheceu Rémi Taffin, director de operações da Renault Sport F1. «Pelo menos, pudemos acumular dados preciosos que analisaremos para a última corrida e durante o defeso. Mas não será uma corrida que fique nas nossas memórias…».
Mais uma situação difícil de explicar envolvendo o motor Renault e que pouco contribui para que a marca francesa acabe a época com um sinal de esperança em relação a uma melhoria significativa em 2016…