Carlos Sainz já tinha dado conta, pelas redes sociais, que o intenso programa de treino físico a que se estava a sujeitar resultara num aumento de massa muscular de 3 kg. E esta semana, quando se apresentou-se numa acção promocional de um «sponsor» pessoal, numa primeira aparição pública desde há quase dois meses, todos notaram que estava muito mais entroncado. O madrileno revelou: «Passo a vida no ginásio e o fato do ano passado já não me serve! E ainda falta muito treino…».
Começa a perceber-se o que vai acontecer com os pilotos este ano, pelas exigências físicas dos novos carros e a muito maior velocidade em curva. Se, até aqui, os pilotos tinham de fazer dietas perfeitamente loucas só para serem o mais leves possível, agora terão de ter músculo que chegue para aguentarem as forças centrífugas a que estarão sujeitos!
«Comecei a pré-temporada a 23 de Dezembro, uma semana antes, por já saber que os carros serão muito mais físicos, teremos de ter o pescoço muito mais forte e ganhar peso em massa muscular», explicava Sainz que, além do ginásio, também já passou por Faenza, pelas instalações da Toro Rosso para moldar o seu banco e por Milton Keynes onde experimentou, no simulador da Red Bull, o Toro Rosso STR12.
«De certeza que os carros vão ser mais rápidos, em especial a velocidade em curva. Mas sem experimentarmos os pneus não poderemos quantificar ao certo. O que senti no simulador é que será um carro muito mais divertido de guiar, nas curvas de Barcelona passa-se muito mais depressa, é impressionante», assim resumiu o madrileno a sua experiência, mostrando o seu entusiasmo.
«Esta é a direcção que os pilotos pediram. Se as equipas vão conseguir lá chegar ou não será outra história, Mas os motores híbridos já tinham mil cavalos, não precisávamos de mais potência. Carga aerodinâmica não vai faltar, deve estar ao nível dos carros de 2005 e 2006, os anos mágicos de que toda a gente fala. E os pneus, tão largos como há muitos anos não se via e, ainda por cima, com a Pirelli a prometer que não se degradarão e que permitirão ultrapassagens, é tudo o que queríamos», explicou.
O piloto da Toro Rosso só se mostrou aborrecido com os constantes «velhos do Restelo» que, meses antes de os novos carros porem uma roda na pista, já lançam críticas e sentenciam corridas aborrecidas… «É irritante esse negativismo de quem diz que os carros serão mais rápidos mas que será mais difícil ultrapassar. Se ninguém os testou como podem saber?! Temos de dar uma oportunidade a esta F1 que chega!».