O anunciado fim do sistema de «fichas» de desenvolvimento dos motores, a partir de 2017, levará ao aumento desenfreado dos gastos dos construtores que poderá colocar em causa a competitividade da Renault e, consequentemente, da Red Bull. O receio é de Adrian Newey que se mostrou crítico da liberalização total do desenvolvimento dos motores. «Será apenas gastar mais dinheiro, tão simples quanto isso».
Nesse aspecto, Newey teme que a Renault não possa acompanhar a Mercedes e Ferrari (e até talvez a Honda) nessa «corrida aos euros», podendo por isso ficar para trás. O projectista da Red Bull faz justiça à marca francesa: «Sempre deram grupos propulsores iguais, incluindo o ‘software’, às equipas de fábrica ou às clientes. O problema é se a Renault não for capaz de competir com os gastos e a corrida do desenvolvimento que nos foram agora colocados pela frente, o que significará quem nem nós nem a Renault conseguiremos ser competitivos…».
E, ao contrário do que se poderia pensar, a maior liberdade de desenvolvimento não servirá, segundo Newey, pra a Renault e a Honda recuperarem o atraso para Mercedes e Ferrari, simplesmente porque ainda há muito caminho para estas percorrerem: «A tecnologia destes motores ainda é relativamente recente e já vimos os grandes avanços que podem ser alcançados. Não há razão para crermos que já foi atingido um patamar no seu desenvolvimento».