A única solução para melhorar a competitividade actual da Fórmula 1 é liberalizar o desenvolvimento dos motores e acabar com o actual e limitativo sistema de «fichas» que, pretendendo limitar os custos, acaba por os agravar noutras áreas… Quem o defende é Franz Tost, director da Toro Rosso, como forma de alcançar maior equilíbrio na F1.
«O que as pessoas querem ver são lutas, competição, ultrapassagens e várias equipas a lutar pelos títulos. Ora, só com uma certa paridade entre motores isso pode ser alcançado. Actualmente há um motor muito à frente e, com esta regulamentação, os outros fabricantes não conseguem desenvolver os seus motores como gostariam», justificou Tost à britânica «Autosport». «Assim, nunca atingiremos a tal paridade!».
«Para mim, o desenvolvimento dos motores deveria ser livre», defende o líder da Toro Rosso. «Impôs-se o sistema de fichas para baixar os custos mas, no final, até se tornou mais oneroso porque temos de inventar outras formas de tentar recuperar algum do atraso…».
Abordando até uma proposta… impensável para a F1, Franz Tost mostra as limitações do actual sistema do controlo de desenvolvimento dos motores: «Eu até preferiria uma situação de motor único, mas aí perderíamos os construtores que são fundamentais para a F1 e a sua imagem. Gostaria que viesse novos construtores para a F1, mas temos de lhes dar a possibilidade de apanharem os que já cá estão o que, com esta regulamentação, se torna quase impossível».