Desta vez, infelizmente, não surgiu um salvador de última hora e a Manor – sucessora e… salvadora da Marussia – vai mesmo fechar portas, reduzindo o pelotão do Mundial de F1 de 2017 a dez equipa, vinte carros. Um triste desfecho que se desenhava há já mais de um mês, mas que se acreditou poder sofrer um volte-face de última hora, como sucedeu, em 2015, com a sua antecessora Marussia…
Mas o prazo para encontrar um investidor interessado na compra da equipa esgotou-se sem que aparecesse qualquer interessado, levando a FRP Advisory, a empresa que ficara a gerir os activos da Just Racing Services (que englobava a Manor), depois da sua entrada em administração judicial, a comunicar o seu fim. «É com profunda tristeza que a equipa terá de terminar as suas actividades e fechar portas», declarou o administrador da FRP Advisory, Geoff Rowley, acrescentando não haver «uma estrutura operacional ou financeira capaz de manter a equipa a funcionar».
Os 212 elementos da Manor têm a garantia de receber os salários até 31 de Janeiro mas quase todos serão dispensados nessa data. Ao longo destes últimos meses, houve negociações com potenciais investidores, nomeadamente com um consórcio asiático, mas nunca chegaram a bom porto. Sem meios para continuar a pagar salários nem comprar os materiais necessários para a construção do novo carro ou sequer a adaptação do de 2016 aos novos regulamentos (e sob autorização da FIA), não havia outra solução senão a de fechar portas.
Agora, há sempre a possibilidade de um investidor comprar os activos da equipa, mas a possibilidade de se apresentar no G.P. da Austrália, no final de Março são pouco mais que impossíveis…
As origens da Manor estão na Virgin Racing, fundada em 2010, posteriormente vendida e rebaptizada Marussia. Que esteve para fechar após a época de 2014, sendo salva à última hora, quando já estava sob administração judicial, por Stephen Fitzpatrick. Que tinha como condição para a manutenção da equipa ficar entre os dez primeiros do Mundial, posição quer perdeu… na penúltima corrida do ano. Não tendo conseguido vender a escuderia, este triste final já se vinha adivinhando.