A Manor terá apenas uma semana para encontrar um investidor que a consiga salvar do fecho definitivo e de falhar o próximo Mundial de Fórmula 1 que ficaria assim reduzido a dez equipas. Como aqui noticiámos, na passada semana, a escuderia – ou, mais concretamente, a empresa que a geria, a Just Racing Services Ltd – entrou em administração judicial, situação em que a sua antecessora Marussia já tinha estado há precisamente dois anos.
Na altura, numa corrida contra o relógio, Stephen Fitzpatrick conseguiu uma salvação de última hora, recolocando a equipa na grelha, agora sob o nome de Manor – ou Manor-Marussia para ter direito ao prémio monetário ganho pelos dois pontos conseguidos pelo malogrado Jules Bianchi, no Mónaco-2014… –, mas sempre em condições muito difíceis. Agora, a Manor revive a situação do início de 2015, a mesma corrida contra o tempo.
Segundo fontes da equipa de Banbury, o carro de 2017 está pronto a ser construído, mas os administradores judiciais impedem agora quaisquer despesas com a produção das peças necessárias para o fazer… E se essa produção não começar no espaço de uma semana, então será demasiado tarde para ter o carro pronto a tempo do G.P. da Austrália, a 26 de Março, esqueça-se já os testes de pré-temporada…
O prazo-limite para a escuderia britânica será o dia 20 de Janeiro, data a partir da qual se poderá garantir que as grelhas de 2017 terão apenas 20 carros. Porque, este ano, não poderão recorrer ao expediente de 2015 em que, excepcionalmente, a Manor foi autorizada a alinhar o carro do ano anterior. Mas com a profunda alteração dos regulamentos prevista para este ano, o carro de 2016 estará, pura e simplesmente… ilegal.
A Manor perdeu cerca de 15 milhões de euros quando foi ultrapassada pela Sauber, a duas provas do fim, no 10.º lugar do Mundial. E desde então que se tornou impossível encontrar investidores para tomarem conta da equipa, com Stephen Fitzpatrick a não a poder continuar a sustentar. Ou algum milagre acontece nos próximos dias, ou o ponto arduamente conquistado por Pascal Wehrlein no G.P. da Áustria terá sido em vão…
