Que Helmut Marko, conselheiro da Red Bull para a F1, tem mau feitio já não é segredo nenhum. Mas agora que o conselho de administração da Mercedes vetou, em definitivo, o fornecimento dos motores alemães à principal das duas equipas das bebidas energéticas mostrou também o seu lado rancoroso… «Talvez os consigamos bater com um outro motor e, aí, será muito mais desagradável para eles do que se os batêssemos com um motor Mercedes», desabafou Marko!
É óbvio o desapontamento nas hostes da Red Bull, perante a vitória dos responsáveis da equipa Mercedes que conseguiram convencer a administração da marca dos perigos que representaria fornecer os seus motores à equipa de Milton Keynes. E aquilo que até poderia ser considerado um elogio à competência técnica da Red Bull acabou por não ser lá muito bem aceite…
«As conversas com a Mercedes acabaram antes mesmo de entrarmos em detalhes», explicou Helmut Marko. «Havia requisitos específicos mas nem chegámos ao ponto em que teríamos de discuti-los em detalhe. Agora, vamos ver que motor iremos usar». À primeira vista, tudo indica que não resta outra alternativa que não seja o Ferrari…
Mas, antes disso, há ainda que resolver o problema da separação com a Renault e Marko revelou estar para breve uma reunião com a marca francesa para definir todos os detalhes. Que poderá ser em Singapura ou até antes. «Ainda não foi decidido quando se realizará esse encontro, mas nessa reunião discutiremos esses assuntos e procuraremos encontrar uma solução», referiu Marko sem especificar claramente se o que se iria discutir era o termo do contrato no final deste ano ou só no próximo…
O que o conselheiro da Red Bull reconheceu é que o tempo começa a ser factor de pressão, embora mais para a Toro Rosso que para a Red Bull. «Eles são uma equipa mais pequena, estão sob uma pressão maior que a Red Bull que tem recursos técnicos muito maiores. Mas uma coisa é certa: quanto mais depressa se tomar uma decisão melhor».
E a hipótese Ferrari parece agradar ao ex-piloto austríaco: «Era um primeiro passo para, finalmente, voltarmos a ter um motor competitivo. Assim não estaríamos em desvantagem desde o início».