Com a exibição que efectuou no meio do dilúvio paulista, Max Verstappen colocou-se no «olho do furacão» mediático! Os elogios chovem de todos os cantos, as comparações com Senna e Schumacher sucedem-se, são aos milhares os que acham que chegou o «salvador» da F1, aquele que trouxe de volta o «sal e pimenta» de que a disciplina precisava para recuperar a popularidade supostamente perdida…
Aos 18 anos, o jovem holandês faz furor na Fórmula 1, estando a conseguir resultados notáveis, mesmo se as memórias tendem a ser curtas e a esquecer o início de um tal Lewis Hamilton: lutou pelo título até à última prova no seu primeiro ano (perdido por um ponto) e foi campeão no segundo! Certo que Verstappen nunca teve carro que lhe permitisse lutar pelos Mercedes, mas é bom este «sangue na guelra» que o holandês trouxe à Fórmula 1.
Em especial porque, apesar dos seus 19 anos, parece suficientemente maturo para não se deixar levar pelo clima de euforia que se criou à sua volta. «É muito bom ler tudo aquilo que se tem escrito, mas o mais importante é manter-me calmo e tranquilo». Porque só esse estado de espírito lhe permite perseguir o seu objectivo: «Tenho de continuar a melhorar porque nunca se é suficientemente bom!».
Pelo meio, Verstappen aceita de bom grado os elogios feitos pela corrida que realizou em Interlagos e viu deliciado um homem sempre parco em elogios como Niki Lauda tirar o chapéu ao passar pelo seu pai, Jos Verstappen, em sinal de respeito pela prestação do filho! «Ver Niki Lauda a tirar o chapéu à frente do meu pai foi um sinal de reconhecimento de que poucos se podem gabar, isso deu-me uma ideia do que tinha acabado de fazer».
Com a primeira vitória obtida este ano, em Espanha, mais uma mão cheia de grandes actuações, Max Verstappen vai agora entrar numa fase decisiva da sua carreira: talento e velocidade já demonstrou ter para «dar e vender»; virá agora a altura de mostrar tudo o resto, consistência, maturidade e capacidade de reunir uma equipa à sua volta para evoluir um projecto até ao grau de competência que lhe permita lutar por um título. Mais uma vez, há que dar tempo ao tempo…