É sempre esta histeria quando algo corre mal a algum piloto em relação aos Ferrari antes do G.P. de Itália, como se os «tifosi» fossem alguns bárbaros sanguinolentos… Bastou Max Verstappen ter ali um «qui pro quo» com os dois Ferrari na partida para o G.P. da Bélgica e ao longo da corrida de Spa-Francorchamps para aparecerem logo comentários de que teria de ter cuidado este fim-de-semana, quando visitasse Monza…
Não, tudo tranquilo, Verstappen irá à pista italiana com toda a tranquilidade, ninguém lhe quer mal. E se há algo que os «tifosi» sempre admiraram, mesmo que lhes tenha complicado a corrida aos seus Ferrari, foi pilotos combativos e… de «pelo na venta»! «Não temos de nos esconder, não precisamos de guarda-costas!», exclamou Raymon Vermeulen, «manager» de Verstappen, ao jornal alemão «Bild», sempre muito sensacionalista nestas abordagens.
Segundo escvreveu o «Bild», Christian Horner, director da Red Bull, teria dito que Verstappen não deveria dizer a ninguém onde iria ficar na sua deslocação a Itália e onde se instalaria em Monza. «Poderá haver muitos fãs italianos descontentes com ele», terá declarado, com o mesmo jornal a citar Helmut Marko: «Penso que o Max é um alvo vermelho para a Ferrari. Espero que já se tenham acalmado».
Nada disto faz sentido e o «manager» do jovem holandês tratou de deitar um bocado de água fria, a ver se há um bocado de juízo no meio de toda esta loucura insensata: «O Max já andou para a frente e está desejoso por correr em Monza».
Pelo meio, houve alguns comentários curiosos de ex-pilotos de F1 em relação às reacções que Max Verstappen provocou em Spa, não só com a sua pilotagem mas também com as declarações algo agressivas proferidas após a corrida. O seu compatriota, Jan Lammers, comentou: «Até aqui ele tinha surpreendido com a sua maturidade, mas não nos podemos esquecer que ele tem 18 anos. E nem todos apreciam que ele perturbe a ordem estabelecida na F1…».
Já o italiano Pierluigi Martini não vê mal nenhum na agressividade de Verstappen… antes pelo contrário: «Gostava é que houvesse mais como ele! Conseguiu causar um verdadeiro ‘bruá’ e isso só pode ser bom para a F1. As pessoas estão fartas de regras e juízes, e enquanto os outros pilotos o criticam, ele torna-se um ídolo para os mais jovens!».