Terminaram as conversações entre a Honda e a Toro Rosso, sem qualquer acordo… O que significa, por um lado, que a equipa italiana continuará, em 2018, a utilizar motores Renault e que a Honda se mantém sem equipa-cliente a quem fornecer motores. Porque, olhando para o quadro actual, não é expectável que Force India ou Williams deixem de ser clientes da Mercedes para passar a sê-lo da Honda…
No fundo, este é um revés bastante maior para a Honda que para a Toro Rosso que, sabendo da posição delicada em que os nipónicos se encontravam, deverá ter feitos exigências financeiras consideradas insuportáveis… A Honda desejava ter uma segunda equipa em 2018 para apressar o desenvolvimento dos seus motores mas, depois de terem caído as tentativas de acordo com Sauber e Toro Rosso, não lhe restam alternativas.
Esta situação abre de novo as especulações quanto ao futuro da Honda na F1… A marca nipónica continua a garantir que está absolutamente empenhada e que, mesmo nesta pausa de Agosto, os seus técnicos no Japão trabalharam em duas novas evoluções do seu motor que deverão ser estreadas até ao final do ano.
Mas, depois dos avultados investimentos feitos, até mais recentemente com o alargamento das instalações europeias em Milton Keynes a pensar no fornecimento a uma segunda equipa, fará sentido entrar numa quarta época ainda e só com uma equipa?... Ainda por cima uma escuderia que já deu mostras de não estar no «casamento» de corpo e alma?...
Será a oportunidade de a Honda sair discretamente da F1 no final do ano e deixar à McLaren uns meses para estabelecer o único acordo possível para ter motores em 2018, ou seja, com a Renault? Ou, perante a pouca vontade da marca francesa em fornecer uma quarta equipa, a McLaren estará mesmo condenada a viver com a Honda e esperar que os japoneses acertem com o motor? Pelo meio, Alonso vai enviando os seus recados: «Se não arranjar um carro competitivo para o próximo ano poderei procura-lo noutra competição», disse o espanhol!