As queixas dos pilotos deixavam antever que nem tudo estava bem no projecto do RB13, em especial com falta de apoio aerodinâmico na traseira. E agora confirma-se que a equipa está a preparar a já muito falada «versão B» do seu chassis que será apresentada em Barcelona, duas corridas antes de a Renault introduzir a também aguardada grande evolução do seu motor.
Nem o pódio de Verstappen na China, com o 4.º lugar de Ricciardo ajudaram a disfarçar os problemas. Afinal, a Red Bull tem consciência das circunstâncias em que o resultado foi obtido – não só as condições de aderência mas erro estratégico da Ferrari com Raikkonen e erro infantil de Bottas atrás do «safety car» –, além de terem ficado a 45 s de distância de Hamilton e 40 s de Vettel…
Há, pois, que meter as mãos ao trabalho e vançar mesmo para a tal «versão B», num projecto muito revisto. Este ano, Adrian Newey tinha insistido num projecto muito simples, tentando deixar o ar fluir através do carro, mas Ricciardo queixou-se por mais de uma vez que a traseira tem pouco apoio o que, além da instabilidade, dificulta a colocação dos cavalos no asfalto.
Agora, foi Helmut Marko quem o revelou: «Em Barcelona vamos ter um novo carro. E duas corridas depois, no Canadá, a Renault introduzirá um novo grupo propulsor que nos dará mais potência», explicou o responsável da Red Bull para a F1. «A partir daí deveremos estar em condições de nos batermos pelas vitórias e de nos juntarmos à Mercedes e à Ferrari na luta pelos títulos de 2017». Se não for já tarde demais, diríamos…
Neste momento, a Red Bull está a 29 pontos da Mercedes no Mundial de Construtores, o que ainda é uma diferença curta. Já Verstappen e Ricciardo estão a 18 e 31 pontos, respectivamente, de Vettel e Hamilton, empatados no topo do Mundial de Condutores. O problema é que, até a Red Bull ter o tal carro competitivo, ainda se correrão pelo menos mais três provas. Aí, Marko confia que os seus pilotos irão fazer a diferença e conseguir limitar os danos…