Na Holanda vive-se uma autêntica «febre Verstappen» perfeitamente compreensível: se o seu pai, Jos, já era um herói nacional, nunca tendo ganho nada na F1, imagine-se como é visto agora Max, depois da forma como agitou a disciplina, em especial este ano em que conseguiu a primeira vitória, sendo o mais jovem piloto de sempre a ganhar, mais seis pódios! Uma época que lhe valeu, sem surpresa, a eleição de «Desportista do Ano» no seu país.
«É uma enorme honra ter esta recompensa», declarou Verstappen. «Penso que fiz uma boa época, tendo o melhor momento sido a vitória em Barcelona. É algo de que me recordarei para sempre!».
O jovem holandês considera, contudo, que o seu maior feito nesta temporada terá sido a forma como conseguiu fazer a transição da Toro Rosso para a Red Bull, já com a temporada a decorrer, quando foi chamado a substituir Daniil Kvyat, após o G.P. da Rússia. «É o momento de que mais me orgulho, quanto à minha capacidade de reacção», explicou. «Tinha de fazer com que tudo corresse bem e, claro, não fazia ideia de como as coisas me iriam sair… Não sabia como me sentiria no carro, como me relacionaria na equipa».
A verdade é que Verstappen chegou a Espanha e… venceu! Com os dois Mercedes a baterem um no outro, com uma estratégia que correu melhor para si do que para Ricciardo, mas também com a primeira exibição das suas já famosas defesas, perante Kimi Raikkonen. «Felizmente tudo correu bem, mas também fiz uma preparação muito boa»
E, no entanto, o jovem piloto holandês revela agora que nunca se sentiu totalmente confortável ao volante do Red Bull RB12, até ao G.P. da Malásia, quando foi 2.º, atrás do colega de equipa Ricciardo e depois de um fabuloso duelo com o australiano. «A princípio é difícil dizer o que queremos mudar no carro porque temos muito pouca experiência com ele. No início do meu segundo ano com a Toro Rosso já sabia exactamente como tudo funcionava. Se houvesse alterações nos travões, direcção ou acelerador, sabia o que tinha sido mudado. Todas aquelas pequenas coisas que, no final, fazem a diferença».
«Foi na Malásia que tive, finalmente, o carro mais ao meu gosto e a sua velocidade também era fantástica. É verdade que, aí, foram as trocas de pneus e os ‘safety cars’ que não me ajudaram, mas isso faz parte das corridas», resumiu o jovem holandês que se colocou, este ano, debaixo dos holofotes da maioria dos amantes da Fórmula 1, como o piloto a seguir, com as suas manobras destemidas a atacar e a forma agressiva como sempre se defendeu!