Brendon Hartley vai estrear-se, este fim-de-semna, na Fórmula 1, guindo o Toro Rosso e, tal como sucede desde 2014, teve de escolher o número com que irá correr. A sua opção recaiu sobre o 39, número sem qualquer tradição na modalidade e até com uma história de vários insucessos…
De tal forma que a última vez que o n.º 39 apareceu numa grelha de partida foi em 1976, há mais de quarenta anos, quando um quase desconhecido piloto holandês de nome Boy Hayje inscreveu um Penske PC3 no G.P. da Holanda, em Zandvoort. Ainda fez o 21.º tempo entre 27 pilotos mas, na corrida, abandonaria a 12 voltas do final.
O n.º 39 fez mais aparições em Grandes Prémios, mas sem nunca conseguir chegar às grelhas de partidas, com uma série de não qualificações. Em 1977 foram três os pilotos que usaram aquele número – Mikko Kozarowitski (March), Ian Ashley e Hector Rebaque (Hesketh), o mexicano no carro amarelo que mostramos na foto –, sempre sem conseguirem a qualificação, o mesmo sucedendo, no ano seguinte com Danny Ongais, num Shadow.
Mais tarde, em 1989, numa época em que o pelotão da Fórmula 1 estava tão cheio de equipas que tinha de haver pré-qualificações, uma dessas escuderias mais pequenas era a Rial que usava os números 38 e 39 nos seus carros. O 39 esteve entregue a pilotos como Bertrand Gachot, Volker Weidler ou Pierre-Henri Raphanel, mas nunca nenhum conseguiu qualifica-lo. Pior ainda sucedeu no ano seguinte em que o 39 foi «cair» no falhado projecto da Life em que nem Bruno Giacomelli nem Gary Brabham passaram sequer das pré-qualificações…
Portanto, este fim-de-semana, Brendon Hartley tem a possibilidade de, 41 anos depois, devolver o n.º 39 às grelhas do Mundial de Fórmula 1. E a tarefa nem é propriamente hercúlea…