Sempre debaixo dos holofotes, pelas ameaças veladas da Red Bull de abandonar a F1 que já se percebeu não serem mais que formas de pressão para defender os seus interesses, Christian Horner não se furtou às questões quando lhe perguntaram o que alteraria na actual Fórmula 1.
«Em primeiro lugar analisaria muito atentamente o que se pode fazer ao nível do grupo propulsor para o tornar mais espectacular», começou por comentar. «Depois, gostava de me ver livre de todas essas regras tão complicadas, como essas penalizações por trocas de motor que nos obrigam a esperar até às dez da noite para sabermos onde estarmos na grelha do dia seguinte».
Mas o director desportivo do Red Bull Racing não se ficaria por aí: «Faria com que os Fórmula 1 voltassem a ser monolugares difíceis e exigentes de conduzir. Do ponto de vista técnico temos automóveis fantásticos, mas são demasiado fáceis de conduzir. Os pilotos deveriam desempenhar um papel mais determinante», opinou, em pleno Festival de Goodwood.
Por fim, Horner não deixou de se mostrar nostálgico, não só porque Goodwood é uma viagem no tempo do desporto automóvel, mas também porque a sua equipa exibiu o primeiro monolugar construído para o Mundial de F1, o RB1 com motor V10 da Cosworth (segunda foto). «Foi o carro de David Coulthard, o primeiro que construímos. O som é fantástico! Recorda-me o barulho emitido pelos F1 dos bons velhos tempos…». E lá voltamos à história de reduzir o estado actual da F1 a uma questão de ruído…