Por estranho que possa parecer, a recusa da Mercedes em fornecer motores à Red Bull poderá custar à equipa austríaca os 40 milhões de euros anuais do patrocínio… da Infiniti. Fontes da equipa dizem que o contrato com a marca de automóveis «premium» da Nissan é independente até da utilização ou não dos motores Renault, mas outras fontes dizem que a Infiniti tem uma cláusula no contrato que lhe permite cortar o apoio à Red Bull caso esta deixe de usar os propulsores franceses.
Esse, contudo, poderia nem ser um problema complicado, caso a Red Bull estabelecesse uma parceria com a Mercedes, já que também a Infiniti tem laços com a marca alemã nos carros de estrada, nomeadamente na partilha de motores. Já o mesmo não se passará com a, aparentemente provável, associação Red Bull/Ferrari, onde a marca da Aliança Renault/Nissan não verá qualquer interesse.
Por outro lado, toda a direcção daquela marca nipónica mudou já depois do contrato feito com a Red Bull e tudo indica que Carlos Ghosn, o n.º 1 da Aliança Renault/Nissan, estará a convencer os novos responsáveis da Infiniti a acompanhar a Renault no esforço da compra da Lotus. Além de que, perante tudo o que a Red Bull foi dizendo da Renault ao longo do ano, dificilmente alguma empresa da Aliança quererá manter os laços com a equipa.
Significa isto que se abrirá um «buraco» de cerca de 40 milhões de euros nas finanças de Red Bull, a que se juntarão mais 10 milhões da Total, que acompanhará a Renault. E ainda mais uns bons milhões de prémios monetários, já que a classificação a equipa deverá ser, este ano, pior em que 2014. Altura de Dietrich Mateschitz começar a fazer contas, o que não deve sossegar Bernie Ecclestone, perante as ameaças já feitas anteriormente de eventual abandono da F1 pela Red Bull…