Os monolugares de F1 deste ano podem ser muito mais espectaculares e rápidos que os das últimas temporadas mas tudo isso teve os seus custos… e não foram baixos! Segundo se pode ver nas contas de 2016 hoje apresentadas, a Red Bull teve de… quadriplicar o investimento de 2015 para 2016 para fazer face ao projecto do novo carro, embora também por ter perdido o seu principal «sponsor», a Infiniti. Assim se percebe melhor a urgência de arranjar um patrocinador principal, como a Aston Martin que hoje foi anunciado.
Segundo o relatório publicado pela revista «Forbes», os custos aumentaram 9,2%, mas a empresa das bebidas energizantes teve de injectar muito mais dinheiro pelas despesas operacionais com o novo projecto, os bónus devidos pelas duas vitórias conseguidas em 2015 e pela falta do patrocinador principal, apesar da entrada de novos «sponsors» mais pequenos. O facto de ter ficado em 4.º lugar no Mundial de 2015 (atrás da Mercedes, Ferrari e Williams) também reduziu a entrada de dinheiro referente a prémios…
Feitas as contas, a companhia liderada por Dietrich Mateschitz teve de gastar, em 2016, 50,7 milhões de euros, face aos 12,6 milhões que gastara no ano anterior! Ou seja, mais 300%! Assim se compreendem melhor as várias ameaças, mais ou menos veladas, de abandono da F1 por parte de Mateschitz ou do seu «homem de mão», Helmut Marko, caso os resultados não começassem a aparecer.
Agora, a Red Bull poderá ver-se numa nova encruzilhada, e a Renault deixar de lhe fornecer motores após 2018… A possibilidade de a Aston Martin fazer o seu motor não contará antes de 2021 e esta aliança hoje anunciada parece afastar definitivamente a teoria de uma eventual compra por parte da Porsche. Resta-lhes a Honda para as épocas de 2019 e 2020 que já equipará, no próximo ano a Toro Rosso mas… como funcionará em termos de «marketing» uma equipa que se chama Aston Martin Red Bull a correr com motores Honda?!