Para a Red Bull, os motores da Ferrari servirão bem durante dois ou três anos para tentar, neste período, conseguir convencer o Grupo VW, nomeadamente através da Audi, a entrar na F1, eventualmente através da compra da equipa austríaca. Este parece ser o plano de Dietrich Mateschitz, um dos donos da Red Bull que, depois do presidente da Renault, Carlos Ghosn, também confirmou a separação com a marca francesa no final deste ano.
«A separação do nosso parceiro fornecedor de motores acontecerá no final deste ano, por mútuo acordo», disse Mateschitz aos microfones da cadeia de televisão austríaca «ORF». «Não faz sentido continuarmos a trabalhar em conjunto, não podíamos fazer isso às nossas equipas por mais tempo. Não queremos ser quintos ou secxtos no campeonato, precisamos de um novo motor».
A hipótese Ferrari – apesar de declinada em Junho por Christian Horner… – aparece agora como a única viável e o patrão da Red Bull parece contentar-se, embora consciente das óbvias limitações. «Seria uma solução aceitável para dois ou três anos mas, se a Ferrari, como equipa de fábrica e com o Vettel, não consegue lutar pelo título, não será possível para nós como cliente… Mas podemos qualificar-nos nas primeiras três linhas e, a partir daí, lutar por pódios».
A ideia seria, pois, ir esperando para ver se, finalmente, em 2018 a Audi sempre se aventuraria na F1, falando-se até na hipótese de o Grupo VW comprar a própria equipa Red Bull. No entanto, fontes da equipa austríaca adiantaram que não há grandes esperanças que isso suceda, pelo menos, nos próximos três anos…
No caso de a associação com a Ferrari não correr nada bem e de o desejado Grupo VW continuar a dar «negas», Dietrich Mateschitz volta a avisar que o abandono, puro e simples, da Fórmula 1 continua a ser uma hipótese em cima da mesa. Mas, ao falar nesta possibilidade, tem a preocupação de tranquilizar os 800 empregados da fábrica de Milton Keynes (Red Bull) e os 300 de Faenza (Toro Rosso): «Se abandonarmos a F1, os nossos trabalhadores não ficarão desempregados, encontraremos sempre outras tarefas para eles».