O tom subiu no braço-de-ferro entre construtores de motores de F1, de que aqui falámos há uma semana. Agora é o director da Red Bull, Christian Horner, a avisar que se não houver flexibilidade nas regras para 2016 é provável que a Renault abandone mesmo a F1… E a «bola» foi chutada para o campo da Mercedes.
Recorde-se que a polémica gira em torno da obrigatoriedade das equipas homologarem os motores de 2016 até 28 de Fevereiro, não mais lhes podendo mexer, ao contrário do que sucedeu esta época, com actualizações autorizadas ao longo do ano, de forma muito controlada. A Mercedes não está, obviamente, interessada em ser flexível, enquanto Renault e Honda acham que só com algum desenvolvimento durante o ano poderão aproximar-se da marca alemã.
«Claro que a Mercedes não tem de ser flexível, mas a situação actual é muito precária quanto à continuação da Renault na F1. Se se limitar os desenvolvimentos a Fevereiro é quase certo que nos estaremos a despedir deles», referiu Christian Horner, da Red Bull. «Por isso a Mercedes deve raciocinar de forma matura, tal como a FIA para perceberem quais os melhores interesses para o desporto. Se a F1 se pode dar ao luxo de perder um construtor de motores, então insistam na data de 28 de Fevereiro».
Horner aproveitou também para contrariar o seu piloto, Daniel Ricciardo, que revelou que também o chassis da Red Bull tinha problemas: «Diria que a nossa desvantagem actual vem 80-85% do motor e 15-20% do chassis. Em todas as provas temos introduzido novidades e ainda temos muita coisa para estrear». Horner só não rebate o facto, apontado por Ricciardo, de essas novidades que vão estreando não estarem a produzir resultados…