Surpresa na política da F1: agora, de repente, a Red Bull defende a dissolução do Grupo Estratégico em que sempre participou, conjuntamente com a FIA, FOM (como detentora dos direitos comerciais, com Ecclestone), Mercedes, Ferrari, Williams, McLaren e Force India!
Quando o conselheiro da Red Bull para a F1, Helmut Marko, defende aquela medida justificando-a com a impossibilidade de as equipas ali representadas alguma vez se entenderem, pela «colisão» de interesses, não nos dá novidade nenhuma. De facto, tirando a proibição dos pilotos trocarem de capacetes ao longo do ano e de generalidades em relação a 2017, ainda não houve uma decisão unânime do Grupo Estratégico…
«Há demasiadas regras na F1, demasiados comités e demasiadas pessoas com opinião», disse Marko. «Deixem os pilotos correr! E desfaçamo-nos do Grupo Estratégico porque as equipas nunca conseguirão pôr-se de acordo seja sobre o que for! Deixemos o poder de decisão à FIA e à FOM». Que, diga-se, também têm francas dificuldades em concordar, por exemplo quanto aos motores a usar…
E quanto às queixas sobre o estado actual da F1, Helmut Marko foi claro: «Infelizmente nada tem sido feito para tornar o desporto mais excitante. Mas é óbvio que se há quatro, cinco, seis equipas a decidir, cada um trata de defender os seus interesses e não há quem veja para lá da ponta do seu nariz. Deixemos, pois, o poder de decisão a quem sabe como gerir o desporto». Assim Jean Todt e Bernie Ecclestone conseguissem consensos…