Após diversas trocas de palavras duras, Red Bull e Renault perceberam, por fim, uma coisa básica: uma sem a outra não chegará a lado nenhum e ainda agora a época começou… Só é estranho como as coisas chegaram onde chegaram, com acusações mútuas e fortes e que tenha sido preciso um encontro no muro das «boxes» de Sepang, enquanto Arrivabene festejava a vitória da Ferrai (foto 2), para chegarem a essa conclusão! Mas a paz parece estar de volta, depois de uma reunião em Milton Keynes (Inglaterra), «quartel-general» da Red Bull.
Um dos passos mais importantes foi o reconhecimento por parte da equipa de que o chassis do RB11 também tinha alguns problemas, como a Renault já tinha referido, no calor da discussão… «O resultado de Sepang [ambos os carros atrás dos dois Toro Rosso] foi decepcionante, mas talvez tenha sido necessário para que acordem em Milton Keynes», declarou o muito crítico Helmut Marko, da Red Bull, revelando: «Há várias coisas no chassis que não funcionam de forma ideal».
E foi Marko, um dos maiores incendiários da troca de palavras, a pôr agora (muita!) água na fervura: «Algumas declarações foram feitas numa base emocional, outras foram mal interpretadas ou mal traduzidas do francês para o inglês. Mas não temos obrigatoriamente de nos amarmos para trabalharmos bem uns com os outros…».
Agora, a ideia é voltar a trabalhar de forma harmoniosa. Mas a questão que fica é como (e porquê…) uma equipa tão experiente e com oito títulos conquistados, abre uma «guerra» destas com o seu fornecedor de motores, numa fase tão prematura da época… «Só» pela desilusão de perceber que, provavelmente, irá passar ao lado das vitórias?
Marko quer recolocar as coisas nos eixos: «Com este regulamento é impossível recuperar o nosso atraso em tão pouco tempo. Mas, quando vemos o que a Ferrari conseguiu fazer, isso significa que é possível. Cabe aos engenheiros da Renault mexerem-se, nós sabemos como ganhar, mesmo sem ter o melhor motor».