Christian Horner, director da Red Bull, considera que não há qualquer pressa em introduzir a estrutura em halo de protecção dos habitáculos dos F1 já na próxima temporada. A sua equipa esteve empenhada no desenvolvimento de outro sistema, o Aeroscreen, que entretanto anunciou ter abandonado. Mas no primeiro dia dos testes de Silverstone fez questão de experimentar o halo antes de fazer comentários concretos.
«Além dos aspectos estéticos que não devemos negligenciar, põe algumas limitações à visibilidade que não são compatíveis com a segurança», declarou Horner, no final do dia em que o piloto de testes da Red Bull, Pierre Gasly, fez duas voltas com a estrutura montada e com uma microcâmara numa espécie de armação de óculos para filmar o ponto de vista do piloto.
O Grupo Estratégico da F1 tem de se pronunciar acerca da adopção, ou não, da estrutura em halo o mais depressa possível e tanto a FIA como a associação de pilotos (GPDA) pressionam para uma decisão antes do final deste mês.
Mas Christian Horner pede alguma calma nesta matéria: «Parece-me mais avisado prosseguir as pesquisas cumprindo eficazmente a tarefa que nos foi pedida para atingirmos os objectivos pretendidos», disse. «Agir de forma precipitada pode ter consequências nefastas. Certamente que não votarei a favor do halo».
Recorde-se que a Red Bull também já declarou não estar interessada em gastar mais tempo e dinheiro a evoluir o sistema Aeroscreen, dispositivo alternativo ao halo e com um acolhimento mais favorável por parte do público. Mas mostrou-se disponível para passar o projecto à FIA ou a alguma companhia que queira prosseguir com o seu desenvolvimento. E a FIA não o descartou para 2018…