Uma corrida chegou para Christian Horner perceber que dificilmente a Red Bull poderá anular o atraso que tem para a Mercedes, apelando à intervenção da FIA para que procure reequilibrar o jogo de alguma forma. «Será saudável para a F1 esta situação? Ora a FIA, como detentora do poder desportivo na F1, tem mecanismos de igualização e devíamos estudá-los cuidadosamente».
E antes que o acusem de não se ter preocupado com o equilíbrio quando era a Red Bull a ganhar, Horner recordou: «Quando éramos nós a ganhar, e nunca o conseguimos com tão grande avanço, o duplo difusor foi banido, a utilização dos gases de escape foi regulamentada, os testes de flexibilidade das asas reforçados, as cartografias do motor tiveram de ser alteradas a meio da época, etc. Nessa altura tudo foi feito e isso não aconteceu apenas à Red Bull. A Williams e a McLaren [e até a Ferrari] também foram afectadas no passado».
O director da Red Bull, que diz temer que «a F1 perca o interesse», recebeu imediato apoio no seu pedido por parte de Bernie Ecclestone, sempre pronto para uma boa polémica. E igualmente preocupado com as audiências televisivas… «Eles têm toda a razão! E há uma regra, acho que criada pelo Max [Mosley] quando era presidente da FIA para a eventualidade de uma equipa ou um construtor de motores encontrar algo de ‘mágico’, o que sucede com a Mercedes. A FIA pode nivelar as ‘performances’».
E Ecclestone até tem uma proposta: «Devíamos impedir a Mercedes de desenvolver o seu motor e deixar os outros livres de fazer o que for preciso para reduzir o seu atraso. E apoiarmos a FIA para que haja alterações». Na Red Bull estima-se que o motor Renault tenha cerca de… 100 cv menos que o Mercedes!