A pista da entrada da Audi na Fórmula 1 voltou a ganhar força nestes últimos dias, em especial depois de Helmut Marko, o conselheiro da Red Bull para a F1, ter expressado abertamente a sua frustração com a Renault, dizendo: «Se não tivermos um motor competitivo no futuro próximo, ou a Audi entra connosco ou saímos nós».
É a primeira vez que alguém da Red Bull liga de forma tão clara o nome da Audi à F1, mas Marko negou que houvesse já contactos formais com a marca alemã. Até por causa do momento agitado por que passa o Grupo VW (que a Audi integra), com forte luta interna pelo poder que levou, recentemente, à demissão de Ferdinand Piech que liderou o Grupo por mais de vinte anos. «Primeiro o Grupo VW tem de resolver os seus problemas com a liderança. Depois disso feito, pode ser que decidam pensar no que estão a fazer no desporto automóvel», declarou Marko à «BBC».
Recorde-se que, na passada semana, o ex-presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, confidenciou: «Sei que Mateschitz [um dos donos da Red Bull] está a pensar em vender. Comentou com um amigo comum que ou convencia a Audi a entrar na F1 ou abandonava!».
O próprio presidente da Audi, Rupert Stadler, não conseguiu negar o interesse com a marca de Ingolstadt olha para a F1. Interrogado pela revista britânica «Auto Express», começou por dizer que não podia responder à questão para acabar com meias-palavras… evidentes: «É algo que estamos a analisar mas nós estamos sempre a analisar muitas coisas…».
Consta até que Stadler chegou a levar a proposta da entrada da Audi na F1 ao Conselho de Administração do Grupo VW em Janeiro, tendo sido vetada por Piech que nunca quis ouvir falar de F1 pela antipatia que nutre por Bernie Ecclestone. Do lado da Red Bull, a equipa tetracampeã do Mundo assinou um compromisso para se manter na F1 pelo menos até 2020, mas o seu acordo com a Renault termina no final de 2016.