A Renault surpreendeu o «paddock» da Fórmula 1 ao revelar que já não iria introduzir mais evoluções no motor deste ano, preparando grandes avanços para o grupo propulsor de 2017. Isto apesar de ser o construtor que dispõe ainda de mais fichas de desenvolvimento para gastar esta temporada. E de, segundo revelou agora Christian Horner, apesar da evolução já feita, ainda ter um importante défice de potência para a Mercedes…
O director da Red Bull (que usa os motores Renault sob a marca TAG Heuer) tem elogiado os progressos feitos este ano pela marca francesa e mantém o discurso positivo, mas não esconde que há ainda caminho a percorrer. «A Renault fez enormes avanços e sabemos que ainda há mais a esperar da parte deles».
No entanto, ao descrever os progressos feitos, Horner deu a exacta medida do atraso da Renault face aos Mercedes: «A versão B do grupo propulsor, introduzida no Mónaco, permitiu-nos ficar a 35 kilowatts [cerca de 47 cavalos] dos Mercedes. Não sou eu que o digo, são os técnicos da Renault que nos dizem. E sabemos o que eles têm preparado para recuperar este atraso face aos Mercedes».
E como, se a Renault anunciou que não introduziria mais evoluções? Horner não se mostra preocupado: «Há ainda muita ‘performance’ a extrair do actual grupo propulsor, nomeadamente através das misturas de combustível, nas cartografias do motor e na facilidade de utilização. Penso que ainda vamos progredir bastante com aquilo que temos neste momento», declarou visivelmente optimista, numa altura em que a Red Bull se «colou» a apenas um ponto da Ferrari, no Mundial de Construtores!