A Red Bull já terá apresentado um pedido formal à Renault para colocarem um termo imediato (fim da temporada) ao contrato que as liga até final de 2016 e a marca francesa deverá aceitar! Mais, a equipa austríaca terá iniciado, em Monza, uma aproximação à Ferrari para eventual fornecimento de motores, ao aperceber-se das resistências internas que existem na Mercedes…
Foi a revista britânica «Autosport» que revelou o «pedido de divórcio» feito pela Red Bull e que, afinal, a Renault parece preparada a aceitar. O que deixa duas portas para o futuro da marca francesa na F1: ou a compra da Lotus para voltar enquanto construtor de «corpo inteiro»; ou, pura e simplesmente (hipótese ainda não afastada), o abandono da F1. O anúncio da decisão deverá estar para breve.
Do lado da Red Bull, o sonho dos motores Mercedes terá arrefecido ultimamente por estar a perder o grande apoio em que confiava, o da administração da Daimler que controla a Mercedes. Os elementos da equipa Mercedes sempre manifestaram reticências (para dizer o mínimo…) quanto a ter como adversários os Red Bull com motores iguais aos seus e, ao longo do fim-de-semana de Monza, Toto Wolff e Niki Lauda terão mostrado claramente a Dieter Zetsche, CEO da Daimler, as desvantagens de uma parceria com a equipa austríaca.
A verdade é que Zetsche parece ter ficado convencido e, sem a sua concordância, a Red Bull não terá motores Mercedes. Consta até que, além da parte competitiva, terá havido um ponto que sensibilizou particularmente o CEO da Daimler: o comportamento da equipa face à Renault e os eventuais danos à imagem da Mercedes se a Red Bull se começasse a queixar nos mesmos termos dos seus motores… De qualquer forma, este não é ainda caso fechado, pois mantém-se o forte apelo a nível de «marketing» de uma ligação das duas marcas.
Entretanto, em Monza, os responsáveis da Red Bull reuniram-se com Sergio Marcchione, presidente da Ferrari, e Maurizio Arrivabene, director da Scuderia. Até porque o tempo começa a escassear… Estamos em Setembro e urge finalizar o projecto do carro do próximo ano, o que implica saber que grupo propulsor será utilizado. E isto é válido tanto para a Red Bull como para a Toro Rosso.
Arrivabene, no final do GP. de Itália, quis marcar a diferença e declarou não ver qualquer problema em fornecer motores à Red Bull e Toro Rosso. «Não quer dizer que haja algum acordo, como já vi ser-me atribuído, o que é falso. Mas não vejo porque deva ser um problema fornecer motores por recear perder antes da partida. Este não é o espírito desportivo correcto e não representa o que nós somos hoje. Batemo-nos com todos e a competição só vale a pena quando temos autênticos adversários!». Uma «bicadita» na Mercedes fica-lhe sempre bem…
Com o futuro da Renault a ser anunciado em breve e a necessidade de resolver a «incógnita» motor na equação de 2016 da Red Bull, o mercado dos motores está agora bem mais agitado que o dos pilotos!