As dificuldades dos motores Renault – menos potência mas, acima de tudo, comportamento muito brusco na entrega da mesma – estão a dificultar mais a vida à Red Bull que à Toro Rosso. Esta é a opinião expressa por Christian Horner à revista britânica «Autosport», depois de uma prova em que o estreante Carlos Sainz (Toro Rosso) se qualificou a apenas dois décimos de Daniel Ricciardo (Red Bull)
Segundo Christian Horner, não são os Toro Rosso que estão melhores, são os Red Bull que não conseguem exibir todo o potencial do chassis. «Eles estão com tantas dificuldades como nós, a diferença é que no nosso carro são mais visíveis. Porque os problemas do motor acabam por mascarar muitas outras coisas, como a eficácia do chassis na entrada das curvas, a tracção à saída ou o próprio desgaste dos pneus».
O director da Red Bull vai mesmo ao detalhe: «Quando não se consegue guiar o carro como deve ser [por causa do comportamento brusco do motor], começa-se a mexer na repartição de travagem tentando compensar e fica-se sempre longe do óptimo. Depois há um efeito em espiral, baixa a temperatura dos travões, depois os pneus não trabalham como devem, etc.».
Apesar das diferenças apontadas, Horner não passou ao lado das boas actuações dos estreantes Carlos Sainz e Max Verstappen na Austrália, homenageando-os: «Achei que ambos tinham guiado realmente bem. Ambos se comportaram como piloto veteranos!».