A evolução do motor que a Renault espera estrear em breve não terá, afinal, qualquer novidade proveniente da colaboração com Mario Illien, o «mago» dos motores da Ilmor, de certa forma «imposto» pela Red Bull à marca francesa para ajudar a ultrapassar os problemas conhecidos este ano.
Quem o confirmou foi o próprio director da Renault Sport F1, Cyril Abiteboul, que não quis, contudo, fechar as portas dessa colaboração: «Para já, no motor que aí vem, não haverá nada proveniente da Ilmor», referiu o francês. «Mas isso não significa que não façamos algumas coisas no futuro ou que não tenham tido uma boa influência no que vamos fazer no final desta época. Não estou a dizer que a nossa relação com a Ilmor não tem valor, apenas que, para já, não houve nada de concreto que pudéssemos introduzir na nova versão do nosso motor».
E Abiteboul insiste em passar a imagem de que não está a hostilizar a Ilmor: «A colaboração é sempre positiva. É bom trabalhar com gente de fora porque não evoluímos se não nos pusermos em competição, também em parceria com pessoas exteriores à companhia. É uma vantagem ter uma visão do exterior, um apoio e uma reacção».
Quanto ao facto de a Renault estar a guardar grande parte das «fichas» de desenvolvimento para uma fase mais avançada da época, Cyril Abiteboul justifica a opção: «Quero que, quando essa evolução chegar, a diferença seja claramente visível e não apenas perceptível pelos engenheiros que estão atrás dos computadores. Que seja uma evolução visível nos tempos por volta embora, sejamos realistas, não chegue para a Red Bull apanhar a Mercedes. Mas para reduzir substancialmente a desvantagem, isso sim».