A Fórmula 1 não é agora mais fácil do que era antes e pensá-lo é até injusto, considera Carlos Sainz, o piloto da Toro Rosso que define o desafio mental que a F1 coloca como… «horrível»! E toma a defesa das dificuldades que os estreantes têm de enfrentar.
Muitas atenções se têm virado para Max Verstappen mas, na realidade, dos dois estreantes da Toro Rosso é até Sainz quem tem feito uma temporada mais positiva. É certo que não só é mais velho como teve «mais escola» nas fórmulas de promoção que o holandês, mas o espanhol não só somou mais pontos até aqui – 9 recolhidos em quatro corridas, contra 6 numa só do holandês –, como está a bater o colega de equipa por 4-2 nos tempos obtidos em qualificação.
Sainz explicou porque acha injusto dizer-se que os carros actuais facilitam a vida aos estreantes: «Pode não ser fisicamente tão exigente como era há 10 anos, mas do ponto-de-vista mental é horrível! É verdadeiramente difícil lidar com todos aqueles comandos nos volantes ao mesmo tempo que guiamos a tentar poupar os pneus. Além de termos ainda de gerir a bateria e o equilíbrio da travagem em cada curva». E, no meio de tudo isto… correr, ganhando e defendendo posições!
«É igualmente duro, mas de forma diferente. Eu preferia simplificar um pouco toda essa parte e dispor de um carro verdadeiramente rápido, focando-me em torná-lo ainda mais rápido», disse o piloto espanhol. «Sinto que nos focamos 20% na pilotagem e 80% noutros aspectos, o normal seria o contrário. Há pessoas que dizem que é fácil para os estreantes e até pode parecer, mas não é!».