Carlos Sainz acabou mesmo por correr o G.P. da Rússia, apesar do violento despiste sofrido na véspera e que o levou a passar algumas horas num hospital de Sochi. O espanhol revelaria, contudo, que tinha sentido alguma tonturas no início da prova… «Para ser honesto, nas primeiras 10 voltas, em especial atrás do ‘safety car’, quando andava aos esses para aquecer os pneus, senti algumas tonturas».
Já antes de a corrida se iniciar, Sainz contava que, se mexesse muito o pescoço, as costas lhe doíam e sentia tonturas, mas que no carro essa é uma zona do corpo que quase não mexe. Depois, sentiu aquele período de tonturas. «Abri a viseira do capacete e melhorei. E quando voltámos ao ritmo de corrida, fiquei bom, já nem dei por mais nada». De tal forma que o espanhol fez uma corrida notável, chegando ao 7.º lugar, apesar de ter problemas de travões desde a 20.ª volta.
«Já sabia que algo poderia acontecer mas, com o ritmo que tinha, tinha de continuar e tentar acabar a corrida. E se sucedesse algo… paciência!». O que acabou por acontecer, com a falha dos travões a provocar um pião e um toque de traseira que o levou ao abandono quando era 7.º. «Mas teria sido uma prova heróica, não era?».
De facto, tem de se reconhecer! A vontade do piloto espanhol em correr foi enorme e, mesmo com algumas dores nas costas, passou os testes médicos realizados pelos responsáveis da FIA. A sua equipa, entretanto, revelou dados impressionantes acerca do acidente nos treinos: Sainz perdeu o controlo do carro a 307 km/h quando as rodas traseiras blocaram ao tocar nos travões; o primeiro impacto na parede, à esquerda, foi a 204 km/h; o embate nas barreiras Tecpro foi a 150 km/h, tendo sido registada uma força de… 46 G’s!