Max Verstappen revelou o grande segredo que fez com que conseguisse segurar o Red Bull, evitando um acidente que o teria deixado em «mil pedaços» no G.P. do Brasil! Recorde-se que o piloto holandês subia para a recta da meta, quase a 300 km/h, quando entrou em «acquaplaning» e ficou quase perpendicular aos «rails», conseguindo de forma quase milagrosa agarrar o seu carro e evitar o embate. Na altura confessou que tinha sido metade perícia e metade sorte…
Agora revelou que foram alguns dos truques que aprendeu a andar…de «quad» na neve que o ajudaram a evitar que se «esborrachasse» nos «rails» terminando ingloriamente o que viria a ser uma corrida brilhante. «Quando o carro se atravessou pisei fundo no travão e isso blocou as quatro rodas», explicou o holandês. «Depois pus o volante a direito porque se o virasse começava a fazer piões descontroladamente. Assim, passei a escorregar às quatro rodas. Por fim, quando vi a frente a escorregar na direcção certa e a chegar às barreiras, libertei os travões e as rodas voltaram a rodar mas ganharam logo aderência. Recuperei o controlo no último momento».
Apesar de explicação tão detalhada, Verstappen não pôs de lado o facto sorte: «É preciso ter a felicidade de o carro se mover na direcção certa, porque se começa aos piões então aí temos um problema. Essa foi a minha sorte, ele começar a escorregar para a direita, depois coube-me a mim controlá-lo e mantê-lo longe dos ‘rails’».
Foi, então, que Verstappen revelou as origens da perícia demonstrada naquele pequeno susto – «as pulsações ali atrás subiram um bocadinho», diria logo a seguir, pelo rádio… –, ao contar: «É algo que se aprende ao guiar um ‘quad’ na neve ou nos ‘karts’ à chuva. Quando temos um momento daqueles tentamos sempre corrigir e aquilo é algo que sempre fiz, desde os meus primeiros anos». E se calhar também aquela aventura no início deste ano, quando guiou um Red Bull com correntes nos pneus, numa pista de esqui alpino!...
Os mais «velhotes» pareciam já se ter esquecido desses ensinamentos, bem como das trajectórias mais largas que se aprendem nos «karts» e nas fórmulas de promoção, procurando mais aderência na parte de fora das curvas quando a pista está encharcada… «Foi o meu pai que me ensinou, mesmo atrás do ‘safety car’ temos sempre de tentar encontrar os pontos da pista em que a aderência é melhor. Isso sempre foi muito natural para mim, fi-lo desde sempre e na F3 funcionava da mesma forma».