Já Daniel Ricciardo tinha abordado o tema, bem como Christian Horner, e agora foi a vez de Max Verstappen assumir, numa entrevista ao diário holandês «De Telegraaf» aquilo que é a coisa mais natural nas corridas: o excelente ambiente que se vive na Red Bull e o perfeito entendimento entre os dois pilotos, quase se diria de camaradagem, poderá degradar-se de um momento para o outro, caso ambos se envolvam na luta pelo título mundial de Fórmula 1.
É uma história antiga, a dos dois galos para um poleiro, a do colega de equipa ser o pior dos adversários, veja-se o que fez à longa amizade entre Hamilton e Rosberg… É, por isso, perfeitamente natural que, se a luta pelo título cair para os lados da Red Bull, os dois «companheiros» se passem a marcar em cima, a competição é isso mesmo! «Não sou naïf, tudo será mais intenso e aparecerão tensões», declarou Verstappen.
«Cabe à equipa gerir o processo da forma o mais suave possível para que todos continuemos a trabalhar em conjunto, de forma a evoluir o carro e a partilhar informação», acrescentou o jovem holandês que, no entanto, procurou desdramatizar: «Não vejo que essa situação se venha a colocar a curto prazo».
E Verstappen explica porque acha a Red Bull irá continuar a ter um bom ambiente de trabalho: «Quando vemos o Daniel, é um tipo que está sempre a sorrir e a fazer rir toda a gente. E eu acho que também consigo fazer o mesmo. Para uma equipa é muito importante ter dois pilotos assim que falam abertamente e que partilham toda a informação».
O holandês vai mesmo ao ponto de comparar a sua relação com Ricciardo com a que tinha com Carlos Sainz na Toro Rosso, considerando muito mais fácil a companhia do australiano! «Acho que se vê claramente que era menos fácil com o Carlos, mas a situação também era totalmente diferente. Na Toro Rosso, eu e o Carlos sabíamos que só haveria um lugar disponível na Red Bull, porque o Daniel estava sempre a guiar muito bem». O que também nos confirma que não houve altura nenhuma em que Kvyat estivesse verdadeiramente seguro na Red Bull…