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Adrian Newey (Red Bull) revela a arte de bem espiar na Fórmula 1!

É do conhecimento geral que, nos bastidores da Fórmula 1, se trava uma «luta surda» por informação alheia e que todos espiam todos, procurando saber o que a concorrência está a fazer. As equipas podem tapar os seus carros quando estão nas boxes, podem encriptar comunicações mas, mais cedo ou mais tarde, (quase) tudo se acaba por saber e a finalidade é, pois, que os segredos sejam revelados o mais tarde possível.

É frequente as equipas recorrerem a fotógrafos a quem encomendam imagens de partes específicas dos monolugares concorrentes, mas não há nada como ter olhos conhecedores a analisar directamente os outros monolugares. Embora isso dê muitos nas vistas, levando a que as equipas que se sentem espiadas tomem medidas imediatas para tapar ou minorar a visibilidade… Uma espécie de jogo de «gato e do rato».

Na sua recentíssima autobiografia – «How to build a car» –, Adrian Newey, o genial projectista da Red Bull, cuja carreira passou pela March/Leyton House, Williams e McLaren, faz revelações muito curiosas sobre… a arte de bem espiar, explicando até as melhores alturas e os métodos mais eficazes de ficar por dentro dos segredos alheios. Obviamente que estamos a falar de olhos muito treinados que sabem com rigor o que procuram e conseguem interpretar facilmente aquilo que vêem…

«No final de cada Grande Prémio, os carros vão às verificações técnicas para se assegurarem da sua legalidade. Mas, depois da verificação feita, os carros têm de se manter em Parque Fechado durante uma hora [o prazo para eventuais protestos], o que nos dá tempo para os observar calmamente, desde que consigamos escolher um bom local», conta Newey no seu livro.

Há ainda uma outra altura em que os carros estão todos juntos e próximos uns dos outros: na grelha de partida. «Aí também podemos observar de perto alguns detalhes da aerodinâmica [que sempre foi o que mais fascinou Newey] ou da mecânica, mesmo se as equipas nos vigiam e procuram obstruir-nos a visão colocando mecânicos como se fosse uma barreira na marcação de um livre num jogo de futebol!».

Mas não é esse expediente que atrapalha Newey que conta o que faz nesses casos para «contornar» as manobras defensivas, de forma claramente divertida: «O que faço, por vezes, é mostrar interesse num certo ponto de outro carro para distrair os técnicos e mecânicos que se concentram todos naquele ponto que eu quero ver, permitindo que um fotógrafo faça um grande plano do ponto que realmente me interessa!». Sim, na F1 «não há prisioneiros» e, desde que não se violem as regras escritas, vale tudo para se conseguir ganhar alguma vantagem! E Newey sabe bem que também à sua equipa farão o mesmo que conta no livro…

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