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Pirelli manda «calar» pilotos e exige seis testes durante 2016

Os pilotos de F1 foram intimados a não fazerem críticas públicas aos pneus da Pirelli, em especial nos termos tão corrosivos como os que Vettel fez após o seu abandono no G.P. da Bélgica. «Foi-lhes pedido que o fizessem nos locais próprios que é dentro das equipas e connosco», explicou Paul Hembery, director desporto da Pirelli, no final de uma reunião com alguns pilotos (Vettel, Hamilton, Alonso e Rosberg) e chefes de equipa, promovida por Ecclestone. «E devem expressar as suas opiniões de forma correcta».

Mas esta declaração que provocou imediato «bruá» no «paddock», como sendo um claro puxão de orelhas e tentativa de silenciamento dos pilotos foi, no fundo, o menos importante daquela reunião. Porque a Pirelli, quase certa de que ganhará a corrida à Michelin para continuar a fornecer pneus à F1, pôs os pés à parede e, cansada de só ser notícia pelas más razões, decidiu estabelecer as suas condições: ou há testes de pneus durante a época de 2016 para desenvolver os novos produtos previstos para 2017, ou abandona mesmo a F1!

A marca italiana também faz um «mea culpa». «Nós próprios não comunicamos o suficiente com os pilotos. E penso haver grande vontade da parte deles de trabalhar connosco. Por isso temos de estabelecer um programa de testes e os pilotos têm de estar envolvidos nesse programa e no desenvolvimento dos novos produtos. Se não estão, há aqui uma discrepância…». Hembery dá, indirectamente, uma «bicada» às equipas que, nos poucos testes, usam os pilotos principais para trabalhar no carro, pondo os pilotos de reserva quando chega a altura de rodar para testar pneus…

Mas onde Paul Hembery é taxativo, fazendo mesmo depender a continuação da Pirelli na F1, é na realização de testes, só para pneus, durante a próxima temporada. E sugere mesmo seis sessões de três dias cada, embora apenas com um ou duas equipas de cada vez, que poderiam ir rodando. «Temos de fazer testes com vista a 2017, há muitos detalhes práticos a resolver porque os carros serão muito diferentes. Não é só montar pneus mais largos nos carros actuais…».

E, questionado sobre se a ausência desses testes seria motivo suficiente para a Pirelli desistir da F1, Hembery foi claríssimo: «Para nós, sim! Não se pode fazer… Não podemos continuar neste cenário em que não podemos fazer correctamente o nosso trabalho».

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