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Renault já não sabe o que fazer com os seus motores…

O G.P. da China foi catastrófico para a Renault e os responsáveis da marca francesa já não sabem o que fazer e dizer para sair do ciclo negativo em que se transformou a época de 2015. Desta feita não se ouviram vozes críticas da Red Bull mas, após a troca do motor V6 do Red Bull de Ricciardo na manhã de domingo e dos abandonos de Kvyat (Red Bull) e Verstappen (Toro Rosso), são os próprios franceses a admitir a desilusão.

«Tínhamos feito milhares de quilómetros no banco de ensaios com estas especificações de motor…», dizia, meio atónito, o responsável de operações em pista, Rémi Taffin, explicando que o trabalho se centrar na melhoria da utilização do grupo propulsor (uma das queixas dos pilotos) conseguida, afinal, com consequências na fiabilidade.

O director da Renault Sport F1, Cyril Abiteboul, contudo, é mais incisivo: «Sabíamos que a China não nos convinha em ‘performance’ pura, mas não esperávamos problemas de fiabilidade. E com cinco dias apenas antes do Bahrain temos pouco tempo para analisar as razões destas falhas e arranjar soluções para garantir um bom nível de fiabilidade», reconheceu, acrescentando algo preocupante: «Esperamos consegui-lo, o mais tardar no Mónaco». Ou seja, dentro de… três provas!

As penalizações para Red Bull e Toro Rosso começam a ser um dado adquirido, mais cedo ou mais tarde. Procurando alguma brandura nas palavras, Christian Horner da Red Bull não deixou de pôr o dedo na ferida: «Ninguém imaginaria que já estivéssemos a usar o terceiro motor térmico na nossa terceira corrida… Sempre encorajámos que se corressem riscos calculados em busca da ‘performance’, mas é realmente frustrante ver que já usámos três dos quatro motores a que temos direito para a época toda quando ainda vamos para a quarta prova…».

A situação entre as duas partes é extremamente difícil, com a Red Bull a exigir mais da Renault e esta a não conseguir entregar motores competitivos e resistentes. E, no meio desta tensão, ambas estão condenadas a entender-se e a trabalhar em conjunto, na maior harmonia que for possível, pelo menos até ao final da época, embora o contrato que as liga vá até ao fim de 2016.

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