As recentes complicações financeiras da Lotus fizeram com que a Sauber voltasse a fazer ouvir as suas preocupações quanto à atenção que os poderes da Fórmula 1 estão a dispensar às equipas mais pequenas e às dificuldades por que estão a passar. Porque não só a Manor esteve à beira de seguir o caminho da Caterham e HRT em anos anteriores, como a própria Sauber e a Force India têm vivido na «corda bamba»…
«Eu não quero que as equipas grandes liguem aos nossos problemas, quero é que o detentor dos direitos comerciais, a FIA e os fãs nos dêem atenção», declarou Monisha Kaltenborn, director da equipa suíça que, depois de comentar que o sistema actual não está feito para ajudar equipas que «não vendam bebidas ou carros» (Red Bull ou Mercedes, entenda-se…), referiu-se pouco crente quanto ao auxílio que possa sair do famigerado Grupo Estratégico: «Tenho de analisar de fora porque a Sauber não faz parte e não tenho acesso a todos os detalhes. Mas os verdadeiros problemas nem são abordados, nem vejo a possibilidade de o serem. Acho até que seria ingénua se o esperasse…».
E tendo sempre o cuidado de não criticar deliberadamente a FIA, sempre foi deixando alguns recados para Jean Todt… «Esperava, e ainda espero, mais dos nossos legisladores, pois precisamos de uma federação forte. Devemos alterar o sistema de penalizações? O formato dos fins-de-semana? Estas coias e muitas outras têm de ser decididas mas não devem ficar dependentes das equipas», concluiu Kaltenborn.
