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Assim estará a Alfa Romeo nos Sauber de Leclerc e Ericsson

O «Centro Storico» da Alfa Romeo, em Arese, às portas de Milão, engalanou-se para receber o anúncio oficial do regresso da marca à Fórmula 1 e, mais do que isso (pois até já era conhecido), a revelação de como ficará a decoração dos Sauber com esta nova parceria. Não se tratava já de mostrar o C37 que correrá em 2018 e que ainda está em início de construção, mas foi num C32 de 2013 que o esquema cromático foi exibido, com toda a tampa do motor no vermelho vivo típico da marca italiana e com o seu logo bem visível!

Outra novidade foi o anúncio de Charles Leclerc e Marcus Ericsson como a dupla de pilotos para a próxima temporada, ficando Antonio Giovinazzi como piloto de reserva, com participação em vários treinos livres à 6.ª feira. Aqui, a surpresa é pouca, apenas se confirmando que os suecos da Longbow Finance, afinal os verdadeiros donos da Sauber, ainda têm uma palavra a dizer, apesar da forte parceria estabelecida com a Alfa Romeo, mantendo o seu piloto, Ericsson.

Quem esperava um carro totalmente vermelho, recuperando a imagem dos Alfa Romeo que dominaram o início do Mundial de Fórmula 1, no começo dos anos 50, pode ser uma desilusão. Mas este esquema cromático até destaca bastante a presença da marca italiana e precisamente no ponto a que ela diz respeito, sobre o grupo propulsor, deixando o resto do carro branco – eventualmente à espera de novos patrocinadores – e com um pequeno friso azul, de novo a recordar a influência sueca na escuderia… suíça.

Numa cerimónia com alguma pompa, Sergio Marchionne, presidente do grupo FCA e da Ferrari, Jean Todt, presidente da FIA, e Chase Carey, presidente da Liberty Media, tiveram direito a discursos, sempre num tom optimista de ver mais um grande construtor entrar na F1. Mesmo que sendo apenas para dar o nome à equipa Sauber, dado que toda a tecnologia virá, obviamente, da Ferrari. Marchionne aproveitou para deixar um aviso claro, repetindo a ameaça da Ferrari abandonar a F1! «O acordo com a Sauber poderá terminar de 2020 para 2021, caso a Ferrari saia da F1. Temos de encontrar uma solução para bem do desporto», disse o italiano.

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Já em relação à parceria com a Sauber – no logótipo da equipa, o símbolo da Alfa aparece antes do da Sauber – Marchionne declarou: «A Alfa leva para a pista a sua tradição gloriosa e devolvemos à F1 uma marca que fez história na categoria. O acordo com a Sauber é o filho de uma ligação com uma escuderia que sempre mostrou o seu valor e sempre teve na descoberta de jovens talentos uma das finalidades do seu fundador, Peter Sauber. A Alfa será o patrocinador principal da equipa e colocará à disposição meios técnicos, de engenharia, mas também comerciais. O grupo propulsor será o mesmo da Ferrari oficial e a Alfa dará oportunidades a jovens pilotos como sucedeu no passado com dois campeões como Kimi Raikkonen e Felipe Massa que começaram com a Sauber».

A parceria estabelecida por vários anos inclui uma cooperação tecnológica mas também comercial e estratégica, o que fará da Sauber uma espécie de «equipa B» da Ferrari. E garante à equipa suíça a utilização de motores Ferrari especificações semelhantes aos da Scuderia. É com este acordo que a Fórmula 1 vai voltar a receber o nome da Alfa Romeo, 33 anos depois da sua saída da disciplina.

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