Fernando Alonso disse em Xangai, em jeito de anúncio prémio, que a McLaren será a sua última equipa de Fórmula 1. «Comecei com os McLaren/Honda, quando tinha três anos, num ‘kart’ construído pelo meu pai, e terminarei a minha carreira num McLaren/Honda, mas desta vez com a verdadeira equipa de Fórmula 1, e terei vivido um terço da minha vida», comentou o asturiano.
Que, diga-se, recusa (pelo menos para já) continua na F1 a desempenhar qualquer outro papel. «Não penso nisso, ao fim de 15, 16 ou 17 épocas de F1 – pouco importa quantas disputarei – serão suficientes», disse Alonso que iniciou este ano o seu 15.º Mundial, tendo assinado com a McLaren por três épocas. «O ciclo terá sido fechado e será o fim de um capítulo da minha vida».
O espanhol de 33 anos reforçou: «Partirei com boas memórias e grandes amigos, mas a vida normal começará no dia em que começar a minha retirada. Não me vejo a ficar na Fórmula 1 como ‘manager’ ou a continuar a vir aos Grandes Prémios, terei tido o suficiente».
Depois desta declaração de… pré-despedida, a pergunta sobre se não estaria arrependido de ter trocado a (agora) vitoriosa Ferrari por tão fraca McLaren, era inevitável. «Já esperava essa pergunta, faz todo o sentido… Corri pela Ferrari durante cinco anos e por três vezes fui vice-campeão e não queria falhar uma quarta vez. Portanto, se eles forem campeões este ano, talvez me arrependa da escolha que fiz. Se não, continuarei contente com a minha opção».