Aos poucos, Fernando Alonso parece recuperar a memória do grave acidente sofrido nos testes de Barcelona, a 22 de Fevereiro. Segundo um comunicado da McLaren, «apesar de não haver nada de evidente nos abundantes dados da telemetria, nem nada de anormal nas posteriores reconstituições nos testes de laboratório, o Fernando recorda uma sensação da direcção algo pesada antes do seu acidente e, em consequência disso, a equipa decidiu adicionar um sensor suplementar no carro, para aumentar o número de dados recolhidos».
Pela primeira vez há, portanto, uma pista de que, de facto, algo poderá ter falhado no McLaren MP4/30. «Na última semana, no Technology Centre, o Fernando reuniu-se com os engenheiros e pilotou no simulador. Com os engenheiros discutiu o acidente e reviu todos os dados da telemetria e as informações que partilhámos com a FIA», conclui o comunicado da McLaren. É, contudo, ainda muito pouco para uma conclusão definitiva acerca do que terá estado na origem do despiste do piloto espanhol, embora esta informação faça sentido com a guinada súbita que o carro deu, antes de embater no muro.
Alonso viajou hoje para o Dubai, onde reside, apanhando à meia-noite um voo para Kuala Lumpur, onde chegará ao meio-dia de amanhã, hora da Malásia. Depois, na quinta-feira, terá de se submeter a novos testes, controlados pelo delegado médico da FIA, Jean-Charles Piette, antes de receber luz verde para participar no G.P. da Malásia. Um dos testes (que também Bottas terá de passar) é o da evacuação do carro: o piloto, totalmente equipado, tem 5 s para desapertar os cintos e retirar o volante e mais 5 s para sair do monolugar e recolocar o volante.