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Conheça os segredos do Ferrari SF15-T… explicados pelo seu criador!

Na Fórmula 1 há poucas coincidências ou acasos. E o facto de o SF15-T, primeiro Ferrari inteiramente concebido sob a direcção técnica de James Allison, ter dominado, pelas mãos de Vettel, o G.P. da Malásia não será nem coincidência nem acaso… Qualidade mais destacada do novo Ferrari? A «meiguice» com que trata os pneus, atributo já conhecido nos Lotus E20 e E21 (de 2012 e 2013), «por coincidência» projectados por… Allison e com que Raikkonen obteve duas vitórias.

O projectista britânico revelou à BBC alguns dos segredos do primeiro Ferrari feito totalmente sob a sua direcção, já que assumiu o seu cargo na Scuderia em Setembro de 2013, quando o pouco competitivo F14 T estava mais que definido… «Os ganhos no cronómetro dividem-se em partes quase iguais entre o chassis e o grupo propulsor. E do lado do chassis, a maior parte dos ganhos vem da aerodinâmica que é o campo que mais ‘paga’ em termos de tempo por volta».

Mas James Allison – que se exprime perfeitamente em italiano, o que facilitará o diálogo interno – vai mesmo ao detalhe quando fala das qualidades do SF15-T. «Em 8’% dos casos foram evoluções na aerodinâmica, mas há uns 20% atribuíveis a melhorias na eficácia da refrigeração que nos permitiu usar radiadores mais compactos. Por cada centímetro quadrado de radiador extraímos agora maior capacidade de refrigeração que no ano passado, o que nos permitiu tornar a traseira do monolugar mas compacta e afilada».

Poder usar radiadores mais pequenos significa maior liberdade para o responsável da aerodinâmica, Dirk de Beer… que já trabalhava com Allison na Lotus. Permitu, por exemplo, que no carro deste ano os radiadores estejam mais na horizontal que em 2014, permitindo logo pontões laterais mais pequenos, com menor resistência ao ar. O facto de a carroçaria também ter menos entradas de ar ajuda na obtenção de maiores velocidades máximas, outra das características do SF15-T.

Na Malásia viu-se outra vantagem dos avanços no campo da refrigeração: sob temperaturas escaldantes, o Ferrari é o que consegue funcionar melhor sem ter de abrir mais ranhuras para arrefecimento, sempre penalizadoras da aerodinâmica. Apesar destas evidência e do que se passou em Sepang, contudo, James Allison não entra em comparações com os Mercedes: «Apenas conheço metade da equação… que é o nosso carro».

«Temos excelente sistema de refrigeração que deve muito ao trabalho no túnel de vento e ao gabinete de estudos que concebeu um ‘empacotamento’ inovador. Isso permite que o carro funcione na perfeição em temperaturas críticas sem que tenhamos de ‘abrir’ muito a carroçaria», explica Allison que, em relação à corrida malaia, ainda desvendou outro detalhe que fez toda a diferença: «O asfalto abrasivo e quente sujeitou terrivelmente os pneus e foi uma sorte o nosso carro tê-los preservado. Ignoro se esses factores tiveram influência na outra metade da equação [Mercedes], mas temos de manter a pressão para conseguirmos repetir na China o que fizemos na Malásia».

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