A FIA quer que todos os carros apareçam no próximo Grande Prémio, em Barcelona, dentro de duas semanas, muito mais bem identificados e facilmente reconhecíveis aos olhos do público, com números maiores e contrastantes e os nomes dos pilotos facilmente legíveis. E os carros que não os estiverem… não serão autorizados a participar na prova!
Esta foi uma decisão tomada ainda na reunião do Grupo Estratégico mas que Charlie Whiting concretizou numa comunicação às equipas, com as medidas concretas do que é pretendido. Porque, de facto, sendo obrigatório por regulamento que os dois carros de cada equipa tenham decorações iguais, torna-se por vezes difícil distinguir de que piloto se trata, em especial quando os capacetes são muito semelhantes.
Veja-se o caso, este ano, dos dois Force India, que têm o número na zona horizontal da frente e em que ambos os capacetes têm tonalidades rosa… É verdade que está definido que o primeiro piloto tem a câmara sobre o «cockpit» em preto e o segundo em amarelo, mas até aqui as equipas falham em cumprir, limitando-se a colocar umas tiras amarelas para não estragar a decoração geral dos seus carros…
A partir de Espanha, então, será assim: os números terão de estar bem visíveis no nariz do carro, ter pelo menos 230 mm de altura com uma espessura de 40 mm e serem em tonalidade contrastante; os nomes dos pilotos poderão limitar-se às abreviaturas usadas na cronometragem que se vê na televisão – Vettel é VET, Hamilton é HAM, Verstappen é, desde este ano por Vegne já não correr, VER – terão de ter um mínimo de 150 mm de altura com uma grossura de letra de 30 mm, sendo colocada na lateral do carro, eventualmente na «barbatana» sobre a tampa do motor, de forma igualmente contrastante.
Claro que houve logo uma equipa que alertou que um espaço desses custaria a um potencial «sponsor» seis milhões de euros para o ano todo… Mas também é verdade que há carros em que é muito difícil de ver os números e, mais ainda, os nomes dos pilotos. Além de que Charlie Whiting recordou que o artigo 9.2 do regulamento desportivo prevê que o número «deve ser claramente visível desde a frente do carro e no capacete do piloto». Ora não são muitos os pilotos que têm o seu número no capacete…
Uma alteração bem-vinda para ajudar os fãs nas pistas e os telespectadores a reconhecerem mais facilmente os pilotos mas que irá dar algumas dores de cabeça a certos departamentos de «marketing», por obrigar a rearrumar a colocação de alguns dos patrocinadores na carroçaria dos monolugares…
