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F1 em polvorosa! Proposta dos «carros-cliente» extrema posições!

«Querem afastar os pequenos construtores da F1!», acusa Bob Fernley da Force India. «Só nos queremos precaver da possibilidade de termos apenas 14 ou 16 carros nas vésperas do começo de um Mundial», contrapõe Toto Wolff, da Mercedes. Entre as muitas «guerras» que actualmente se travam na F1 (demasiadas…), a dos «carros-cliente» tem tudo para aquecer… e extremar posições!

Numa primeira estimativa feita pelas quatro equipas ditas «grandes» – Mercedes, Ferrari, Red Bull e McLaren, deixando até a Williams de fora – o preço do «franchise», como preferem chamar aos «carros-cliente», rondará os 50 milhões de dólares (quase 45 milhões de euros) para dois carros e material de substituição! Claramente acima dos 30 milhões apontados inicialmente por Bernie Ecclestone, quando esta proposta apareceu no Grupo Estratégico da F1.

Toto Wolff, director da Mercedes, explica a bondade desta estratégia como um «pano B» para o caso de abandono de alguma das actuais equipas: «Sei que há equipas contra os ‘carros-cliente’, mas temos de pensar numa alternativa em caso de desistências. Não podemos estar em vésperas do primeiro Grande Prémio e termos apenas 14-16 carros. Se tudo se mantiver como está, não haverá necessidade disso. Mas se houver saídas, então será uma opção obrigatória para atrair equipas que não queiram ser construtores».

Argumento que não convence Bob Fernley, da Force India, que não é meigo nas palavras, acuando aquelas quatro equipas de quererem acabar com as mais pequenas que fazem os seus próprios carros. Neste caso, a Manor, Sauber, Lotus e até a Force India e Williams que, fazendo parte do Grupo Estratégico, não foram convidadas para a reunião «a quatro» realizada no Canadá.

«Porque estarão aquelas quatro equipas a trabalhar tão bem em conjunto, é o que temos de perguntar», referiu Fernley. «Recordo-me de, no último G.P. dos EUA, vos dizer que pressentia haver um programa para afastar as pequenas equipas, isso foi logo após os problemas com a Marussia e a Caterham. Continuo a acreditar que esse programa existe e que esta é a última peça do ‘puzzle’!».

E mesmo o argumento de os «carros-cliente» serem apenas uma alternativa para o caso de as grelhas terem menos de 20 carros não convence o director da Force India que tem funcionado quase como porta-voz das equipas pequenas: «Nos últimos 18 meses resistiram a todas as tentativas de controlar os custos, de distribuir de forma mais justa e equilibrada as verbas dos direitos comerciais e até de baixar os preços dos motores. E há uma razão para isso: tornar o mais difícil possível a sobrevivência das pequenas equipas para o aparecimento dos ‘carros-cliente’. Ou seja, concentrar todo o poder e dinheiro em apenas quatro equipas!».

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