F1Flash.com - Página Inicial Descubra o izigo.pt

FIA vai testar três protecções de «cockpit» no próximo mês

A FIA pretende testar, já no próximo mês, três soluções de protecção dos habitáculos dos Fórmula 1, de forma a diminuir consideravelmente os riscos de embate de peças de grandes dimensões na cabeça dos pilotos, como sucedeu no acidente fatal de Justin Wilson, nos Indycars. Após longos estudos, há três hipóteses em cima da mesa que andam todas à volta da proposta apresentada pela Mercedes (na imagem).

À partida, a visibilidade e a facilidade de extracção do piloto do habitáculo têm de estar garantidas, condições que afastaram o fecho dos habitáculos com uma cobertura transparente como as que usam os aviões militares ou um arco de segurança à frente do «cockpit» como chegou a ser experimentado num carro de GP2.

Agora a FIA vai debruçar-se sobre três variações da proposta da Mercedes e que consiste num arco de protecção com um pilar central mas bastante fino e que tem uma articulação que permite a sua abertura para retirar o piloto, em caso de necessidade. Uma das hipóteses é uma versão mais reduzida do esquema divulgado pela Mercedes.

«Ainda estamos na fase da pesquisa e nada será passível de introdução antes de 2017», revelou o director de segurança da FIA, Laurent Mekies. «Se obtivermos bons resultados nos testes, poderemos introduzir algo em 2017. Mas se não conseguirmos nada satisfatório e necessitarmos de uma solução melhor, teremos de adiar».

Os pilotos de F1 são unânimes no apoio a esta pesquisa mas querem que seja feita com todo o cuidado. «As soluções têm de ser claramente mais seguras e fazer a F1 avançar. Não queremos introduzir nada que possa criar novos problemas», referiu o ex-piloto Alex Wurz, presidente da Associação de Pilotos (GPDA). «Temos visto soluções que não são bonitas mas primeiro temos de nos concentrar na sua função e só depois no estilo».

A FIA revelou que, na única sessão realizada no primeiro dia de treinos do G.P. dos Estados Unidos, o Red Bull de Daniil Kvyat e o McLaren de Fernando Alonso utilizaram, pela primeira vez, as microcâmaras viradas para o habitáculo e que filmam a altíssima velocidade (400 imagens/segundo) que serão obrigatórias a partir de 2016. Uma primeira experiência com estas «vigilantes» dos movimentos da cabeça dos pilotos que poderão ajudar a explicar eventuais lesões em acidentes mais graves.

Partilhar Notícia.