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Fiabilidade da Ferrari: já há razão para um alerta vermelho?!

O problema de transmissão que manteve, ontem, Kimi Raikkonen «preso» na sua «boxe» durante cerca de duas horas foi mais um sinal de que o Ferrari SF16-H pode até parecer rápido, mas tem alguns problemas de juventude a resolver. Recorde-se, aliás, que o Ferrari é dos monolugares mais profundamente alterados de um ano para o outro, quase se podendo falar num carro novo, em vez de uma simples evolução. Mas já não há forma de esconder que a Scuderia se debate com alguns problemas de fiabilidade…

É verdade que, na primeira semana de testes, a Ferrari terminou três dos quatro dias no topo das tabelas dos tempos. Mas sabe-se como, nesta altura, essa é uma proeza que conta muito pouco e cujas ilações podem, por vezes, não passar… de ilusões. Mais concreto foi o facto de a equipa de Maranello ter somado 272 voltas contra a gigantesca maratona de 490 voltas atingida pela Mercedes.

Apesar de nenhum responsável técnico da Scuderia ter falado com jornalistas (ao contrário do que foi habitual nas restantes equipas), soube-se que, em especial nos dias em que Raikkonen esteve no carro, o SF16-H debateu-se com alguns problemas, tanto a nível da bomba de gasolina como do MGU-K, a unidade de regeneração de energia de travagem que foi reacondicionada no carro deste ano. Os problemas com este último componente teriam impedido as séries mais longas de voltas.

Agora, no recomeço dos testes, a caixa bloqueada quando Raikkonen chegava à curva 3 da pista de Barcelona (como as imagens oficias da F1 mostraram), ao fim de cinco voltas na sessão da tarde obrigou a Scuderia a perder duas horas de pista. Acabando o dia com 72 voltas, em contraste com as… 172 da Mercedes. O finlandês fez o seu papel e desvalorizou: «É normal ter pequenos problemas como o que tivemos com a caixa, é para isso que servem os testes, mas não estou preocupado porque temos tempo para os resolver».

Ao mesmo tempo, a equipa Haas também teve o dia de treinos estragado por um problema com a bomba de gasolina (que a Ferrari já conhecera nos primeiros testes), embora o seu director, Gunther Steiner, se tenha apressado a dizer que não podia saber se estaria relacionado com algo já verificado nos carros italianos.

Hoje Vettel «pega ao serviço» e será importante ver até que ponto conseguirá somar voltas. Nos cinco dias de testes até agora realizados, só num (o segundo) o Ferrari conseguiu fazer mais de 100 voltas, fasquia que tem sido ultrapassada por diversas equipas com alguma regularidade. Talvez ainda seja cedo para um «alerta vermelho», até porque, com as grandes alterações introduzidas no projecto deste ano, é natural que haja problemas de juventude. Mas o G.P. da Austrália está já «aí» e a Ferrari não quererá uma partida em falso…

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